O que não lhe estão a contar sobre a Inflação
O que não lhe estão a contar sobre a Inflação
A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, acabou de oficializar a primeira revisão em 18 anos, da estratégia do BCE. Estamos hoje na maior crise económica da história moderna, que aliás ultrapassa a famosa Grande Depressão do século passado e precisamos, agora mais do que nunca, de uma estratégia monetária competente.
Infelizmente para todos os membros da União Europeia, a política que manteve o Euro como uma das moedas mais estáveis do mundo durante as últimas décadas vai acabar.
O BCE vai mudar a sua estratégia, até aqui baseada na política conservadora do Bundesbank, para uma baseada na política ‘flexível’ da Reserva Federal dos Estados Unidos, liderada por Jerome Powell.
O problema desta política ‘flexível’ é que tira a responsabilidade do BCE de manter a inflação baixa e estável para apenas ter de manter a média a 2%.
Lido assim nem parece grande coisa. Mas é! Esta nova política traduz-se em não haver nada de errado com uma inflação incrivelmente alta durante um ano, como em 2020, desde que seja equilibrado por inflação baixa nos anos seguintes.
O necessário é que a média seja de 2%. Mas porque é que isto é um problema assim tão grande?
Em primeiro lugar é preciso estabilidade na inflação. É muito melhor ter uma inflação de 3% durante 10 anos, do que uma média de 2% durante esses mesmos 10 anos, existindo deflação nuns anos e inflação altíssima noutros.
Estabilidade é necessária. Permitir às empresas fazerem planos de crescimento e expansão, coisas que são cruciais para criar crescimento económico. Se as Empresas não tiverem ideia de qual será a inflação no ano seguinte, elas vão colocar o dinheiro noutra moeda, noutra geografia e não investi-lo.
Havendo inflação alta no próximo ano, o orçamento para a expansão não será suficiente. Havendo deflação, a receita cai e tudo o que já foi comprado vai estar a um preço muito maior do que o de mercado. Então, é melhor guardar fora e ver o que acontece.
Em segundo lugar é que quando se começa a conviver durante algum tempo com inflação alta, é muito difícil voltar para níveis mais normais. Os consumidores ao esperar que os preços aumentem, tendem a comprar o mais possível e o mais rápido possível. Este movimento provoca um aumento exponencial na procura, levando a que os preços aumentem os preços ainda mais criando assim um círculo vicioso muito difícil de reverter.
Assim, o BCE, ao adotar esta nova estratégia tira a si próprio o poder de controlar a inflação, mas permite-lhe continuar alegremente com a impressora dos euros a trabalhar a ritmo acelerado. O importante são as bazucas!
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