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Luís Gomes
Luís Gomes
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Esta semana será marcada pela ilustre reunião em Jackson Hole, Wyoming, EUA, onde os principais Banqueiros Centrais do mundo se encontram, com destaque para as presenças de Jerome Powell e Christine Lagarde, presidentes do Federal Reserve dos Estados Unidos e do Banco Central Europeu, respectivamente. Os mercados estarão atentos aos seus discursos, tentando prever as “complexas” decisões sobre eventuais ajustes nas taxas de juros — será um aumento de 25 pontos base? Ou, quem sabe, 50 pontos base? Ainda é um mistério!

Todavia, existe uma certeza: a magnífica paisagem de Jackson Hole, com as suas montanhas imponentes e o Rio Snake, serpenteando ao longe, oferecerá o ambiente ideal que servirá de inspiração para a difícil decisão à sua frente: acelerar ou desacelerar a impressão de dinheiro.

Com o surgimento do governo público, fruto da Revolução Francesa, deu-se a transição do governo privado, que era propriedade do monarca absoluto, para um governo que poderia ser exercido por qualquer um, seja por meio de eleições democráticas ou de um golpe militar. No entanto, a natureza expansionista dos Estados manteve-se intacta, mas agora não bastavam alianças matrimoniais, como nos tempos das monarquias absolutas; era necessária a guerra total.

Para financiar essa guerra total, que envolvia toda a população, “motivada” pela defesa da pátria, da democracia ou da liberdade, foi necessário confiscar recursos numa escala nunca antes vista. As guerras, que outrora eram dinásticas, transformaram-se em guerras em nome de um ideal, arrastando nações inteiras para o conflito.

Bitcoin vs. Ouro
Figura 1

Assim, o confisco atingiu proporções épicas, tornando-se imprescindível eliminar as matérias-primas seleccionadas pela humanidade há milénios como dinheiro, o Ouro e a Prata. O que passou a circular, então, foi um simples papel emitido pelo governo, sem qualquer lastro real, imposto como moeda de curso forçado e controlada por um comissário político não eleito. Na actualidade, já nem de papelinhos se trata, mas consiste na sua maioria de um registo digital num computador de uma instituição bancária.

Em suma, a falsificação promovida pelos Bancos Centrais — um termo mais elegante para a inflação — é o combustível que alimenta as engrenagens da guerra. O processo de inflacionar a moeda, ou melhor, de falsificar valor, resume-se a emitir recibos para bens inexistentes, um privilégio que os Bancos Centrais detêm legalmente, algo que, em tempos antigos, exigiria árduo trabalho de mineração.

Baptizar esses recibos de dinheiro facilita a sua criação em quantidades massivas e com uma rapidez assustadora. Quando os governos decidem enviar milhares de milhões para financiar conflitos em algum recanto do globo, ninguém ousa questionar a natureza do que é enviado, pois as leis que tornam o papel-moeda em curso forçado conferem a essa farsa uma falsa legitimidade.

O Ouro, com sua tangível materialidade, podia ser armazenado pelos Bancos Centrais, que se tornaram verdadeiros guardiões do comércio global no final do século XIX. Contudo, o custo astronómico de transportar o Ouro entre dois pontos distantes do globo, como Londres e Nova Iorque, comprometeu sua mobilidade espacial, uma característica crucial para uma boa moeda – o custo de transporte deve representar uma ínfima parte. Assim, a era do Ouro estava fadada ao fim. A possibilidade de contrafacção de dinheiro tornou-se ilimitada, bastando o toque de um botão num computador de um banqueiro qualquer.

Foi essa realidade que motivou o surgimento do Bitcoin, a moeda perfeita. Com o Bitcoin, somos soberanos sobre o nosso dinheiro, livres de intermediários para realizar transferências. Além disso, o Bitcoin garante o anonimato, uma vez que nenhum endereço está directamente associado a uma pessoa, ao contrário do que ocorre com as contas bancárias.

Bitcoin vs. Ouro
Figura 2

Trata-se de uma moeda com verdadeira força monetária, pois, à medida que nos aproximamos do limite de 21 milhões de Bitcoins, a inflação anual — ou seja, os novos Bitcoins minerados — aproxima-se de 0%. Assim, tal como o Ouro, o Bitcoin não depende de governos; exige, no entanto, um dispêndio significativo de energia eléctrica para a sua mineração, tal como o Ouro requer esforço na sua extracção. Diferente das moedas fiduciárias, que são geradas sem custo, o Bitcoin e o ouro não podem ser obtidos de forma gratuita. Por fim, o Bitcoin é o único activo que não pode ser confiscado pelo governo, desde que seja guardado num endereço cujas chaves privadas estão debaixo do controlo da pessoa.

Quanto aos ilustres Banqueiros Centrais que agora se reúnem num paraíso edílico, por mais que façam discursos, uma realidade é inescapável à sua acção: o valor das moedas fiduciárias que controlam inevitavelmente tenderá para o seu valor intrínseco — zero. Apesar da volatilidade do Bitcoin, o seu valor continuará a subir de forma inexorável. O que falta para compreender o inevitável?

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Luís Gomes

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