Pequeno Caso de Estudo – Uso de criptomoedas
A ADDSALES, www.addsales.com, a minha empresa, usa criptomoedas para pagar a 15 trabalhadores espalhados por 6 Países. Todos os meses, compramos algumas criptomoedas que transferimos para as carteiras dos trabalhadores e eles daí usam como bem lhes aproveitar.
As vantagens, são evidentes para quem já fez algum pagamento internacional, mas vale a pena conhecer o processo em mais detalhe, usando um exemplo quase real: o pagamento de 1.000 dólares para um trabalhador noutro continente.
Como era antes:
- A empresa pede ao banco para comprar dólares, por vezes ao telefone, arcaico. O banco, aplica uma taxa de câmbio pornográfica, com um spread de 2 a 3%. Perdem-se aí 25 USD.
- O dinheiro seria então transferido para a conta bancária do trabalhador, mais um pedido de processamento manual, passando por um banco intermediário, o que custa até 50 USD e demora de 1 a 3 dias.
- Durante esse tempo não havia nenhuma informação sobre onde anda o dinheiro, numa caixa preta, da qual, não poucas vezes, acabava recusado por motivos incompreensíveis e era devolvido, perdidas algumas semanas.
- Nos casos sem incidentes, o trabalhador recebia na sua conta em moeda local, com um câmbio ainda pior do que o original, queimando mais uns 25 USD.
Resultado final: uns 10% do salário eram perdidos pelos bancos, muitas vezes mais, junto com 2 a 3 dias de incerteza, soma alguns acidentes em que o trabalhador ficava semanas sem o salário, tudo isto incluindo demasiadas conversas estressantes com gerentes bancários desligados da realidade.
Contraponto do processo actual:
- A empresa compra Stablecoins. O câmbio de moeda-fiat não é sempre melhor do que os Dólares no banco, mas além de ser transparente e imediato, com a experiência, tem sido possível encontrar formas baratas de comprar.
- O valor de caixa é aplicado no Anchor Protocol, a render juros de 20%, que não só cobre todos os custos com o câmbio, como também tem ajudado com parte dos salários.
- Quando chega o fim do mês, transferimos o salário a um custo inferior a 1 USD. O trabalhador recebe agora 999 USD onde antes recebia 925.
- O valor é transferido imediatamente, com comprovação online, sem ter de esperar os 2-3 dias nem haver uma caixa negra do banco intermediário.
- O trabalhador troca a Stablecoin no seu mercado local, ganhando um extra no câmbio, dependente do País. No caso do Peru ou Marrocos, o equivalente a receber uns 2% adicionais, enquanto na Argentina é tanto a mais, que até custa a acreditar.
- O trabalhador tem a opção de manter parte do seu dinheiro em Stablecoins aplicadas a render juros, ou criptomoedas a valorizar, evitando a desvalorização habitual dos países com severa inflação.
Resultado final, onde antes se perdia 10% e 2 dias em processos bancários opacos, agora os trabalhadores recebem mais, instantaneamente, e com a possibilidade de protegerem o seu rendimento da inflação.
Simples assim, ou nem tanto, pois não havia verdadeiro precedente para juntar todas as pontas, as exchanges, wallets e outras burocracias. Foi preciso experimentar e adaptar, mas desde o primeiro movimento que a conclusão ficou bastante clara: O sistema bancário internacional cobra uma barbaridade, para prestar um serviço péssimo, já as criptomoedas, resolvem.
Extrapolando do pequeno caso particular para o impacto global, os pagamentos com criptomoedas abrem escancarado um novo mercado global: Micro empresários vendem os seus serviços globalmente; Trabalhadores em países baratos acedem a salários europeus; Emigrantes enviam remessas para as suas famílias em melhores condições. São milhões de pessoas no mundo inteiro a serem beneficiadas por as criptomoedas quebrarem o monopólio voraz dos Bancos nas transferências internacionais.