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Henrique Agostinho
Henrique Agostinho
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Um Banco Central, apesar de todo o seu poder, só tem uma ferramenta, a subida ou a descida de juros. Como tal, tal como para um homem com um martelo, a quem todos os problemas parecem um prego, para o Banco Central, todos os problemas são um juro. 

A martelada tem dois movimentos, para cima ou para baixo, claro, mas também poderia ficar na mesma, sem mexer, só que os políticos têm aversão a ficar quietos, porque nada é a única coisa certa que eles alguma vez poderiam fazer. Vai daí, forçam-se a errar. No caso, ora sobem os juros, reduzem a massa monetária em circulação e criam uma recessão. Ora descem os juros, aumentam a massa monetária e aumentam a inflação.

Esta década, depois de quarenta anos em que ninguém se preocupou com a inflação, a cavalgada dos preços virou o tema do momento e toca de os Bancos Centrais subirem os juros como se não houvesse amanhã. Não que isso resolva alguma coisa. A inflação não é causada pelos juros, a inflação é o resultado do consumo não produtivo, do déficit do Estado. Mas, a opção de arrancar a erva daninha pela raiz e de cortar no rendimento dos burocratas nunca se põe, então, volta o martelo dos juros. 

Uma subida dos juros causa recessão, porque, quanto maiores os juros, mais o Estado e os bancos (que são na prática departamentos do governo) precisam de dinheiro. Subir os juros é uma forma de imposto, que como outros impostos, empobrece quem os paga, para sustentar quem os recebe. Ora, como os do governo não pagam impostos, não estão praí sensibilizados, então toca de subir os juros outra vez.

Será assim até que se imponha uma recessão feia e aí a inflação não parecerá tão má por comparação. Até quando os eleitores deixarem de se queixar que os preços (da comida e habitação) estão altos e passarem a queixar-se que os preços estão baixos (dos salários).

São tontos se acham que ao combater uma subida dos preços com medidas artificiais (juros ou leis de congelamento) iriam apenas afetar os preços das coisas que eles compram (comida ou habitação), quando na verdade o que essas medidas afetam mais é o preço das coisas que eles vendem (trabalho). Mas, como já vem sendo repetido, os do Estado recebem sempre salário deles garantido, não precisam vender nada, não são afetados pelo desemprego, então isto dito ali atrás, são miudezas que demoram até os impressionar. 

Nesta fase, os do Estado, os políticos e funcionários, querem subir os juros, para controlar a inflação, sem mexer na causa da inflação, causando uma recessão, que faz os outros mais pobres, mas a não eles, no Estado. Por outro lado, a subida dos juros atrapalha a capacidade do Estado de se endividar e impossibilita os bancos de se manterem solventes. Ora, enquanto eram apenas os trabalhadores e pagadores de impostos a alombar com a crise, estava tudo bem, mas agora que tocou nos bancos, isso aí é que já não pode ser.

Chegamos ao impasse. De um lado está a inflação, do outro está a recessão. Se sobem os juros, piora a recessão, se baixam os juros piora a inflação. Qual é o menos pior um ou outro? E porque não os dois? Eis precisamente o que, nos últimos 15 dias, tanto o BCE quanto o FED decidiram fazer.

Munidos do seu martelo dos juros, os dois maiores bancos centrais olharam para a economia que os sustentam e lá viram um prego de cabeça levantada. Tráz! Subiram os juros, mais 0,5% para o BCE e mais 0,25% para o FED, exatamente no mesmo momento em que faziam Bailouts aos bancos e batiam novos recordes de emprestadar bilhões de euro-dólares a quem nunca vai pagar. Pás!

Os Bancos Centrais, encurralados entre duas más decisões, ora subirem os juros e causar a recessão, ora salvarem os bancos e aumentar a inflação, conseguiram o pleno, produziram os dois defeitos ao mesmo tempo. Por um lado estão a salvar os bancos, com vários tipos de Bailouts, ampliando o déficit das contas públicas e jogando gasolina no fogo da inflação. Bem ao mesmo tempo que, pelo outro lado, sobem os juros, travando a economia até esta entrar em recessão.

Esta martelada bífida acaba por acertar em cheio na carteira de quem não tem culpa nenhuma e já estava em dificuldades (os trabalhadores e pagadores de impostos). Recessão, desemprego, inflação, empobrecimento, a carteirinha toda dos cromos do apocalipse económico, que, não por acaso até tem um nome: Estagflação.

Os economistas estão carecas de saber deste palavrão. A estagflação foi diagnosticada nos anos 70 do século passado, quando se comprovou na pele que o tarado do J.M. Keynes é um aldrabão e como ele, os economistas académicos, incluindo os que mandam nos bancos centrais, são gentinha ainda pior. Estas criaturas sabem bem demais que estão a destruir vidas e a criar pobreza com as suas marteladas canhotas. Mas, como a alternativa deles, era arranjar um trabalho honesto, o horror, continuam a mentir e a martelar.

A Estagflação (=recessão+inflação) dos anos 70 passados está de volta nestes 2-20s, as causas são as mesmas, governos esbanjadores e bancos coniventes. Só mudam é alguns dos detalhes no cenário, tipo as patilhas, e também alguns dos efeitos secundários, por exemplo, nos anos 70 o ouro foi de 38$ a 594$ (15 vezes mais), desta vez, será a vez do Bitcoin.

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Henrique Agostinho