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Luís Gomes
Luís Gomes
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A realização de empréstimos a empresas e consumidores é uma atividade há muito realizada pela banca tradicional. Para tal, o banco utiliza os depósitos dos clientes, independentemente de serem à ordem ou a prazo – a prática de reservas fraccionadas assim o permite, pois são um empréstimo dos clientes ao banco –, e aplica-os em empréstimos que visam assegurar uma remuneração superior aos custos (juros pagos) com os depositantes.

O dinheiro dos clientes não é apenas aplicado em empréstimos, também serve para financiar a aquisição de valores mobiliários, sejam obrigações ou ações, pelo banco. Esta atividade visa obter rendimentos e mais-valias. No caso do banco falido Silicon Valley (SVB), uma parte expressiva dos seus ativos estava aplicada em obrigações do tesouro norte-americano.

Quais os principais riscos desta atividade para um banco?

Risco de crédito: significa que o terceiro a quem se emprestou não devolve o capital e os juros a que se comprometeu. Pode ser um particular que deixa de poder pagar ou mesmo o Estado, como foi o caso da Argentina, muito conhecida pelos recorrentes “calotes” ao longo de vários anos;

Risco de taxa de juro: significa que o valor atual dos pagamentos futuros a realizar pelo devedor é afetado por variações da taxa de juro. Este foi o principal problema do SVB, pois o valor de mercado das obrigações do tesouro norte-americano na sua posse foi afetado pela subida das taxas de juro pelo Banco Central. Ou seja, quando teve necessidade de vender as obrigações para pagar as saídas dos depositantes, o mercado atribuí-lhes um valor muito inferior ao de aquisição, em virtude da subida de juros; ou seja, foi obrigado a vender a sua carteira de obrigações com enormes menos-valias.

Podíamos enumerar uma série de outros riscos possíveis, como o cambial (caso o devedor pagasse numa divisa distinta) ou operacional (risco de erro no registo do contrato de crédito por exemplo), mas julgo que estes são os dois principais a ter em atenção.

Ao longo da história, os banqueiros sempre tentaram conhecer profundamente os seus clientes (referências pessoais, histórico de cobranças…) por forma a minimizar o risco de crédito, recorrendo muitas vezes ao fraccionamento dos fundos disponíveis por diversos clientes para mitigar o risco de crédito.

Em relação ao segundo, é essencial haver uma correspondência entre o prazo dos depósitos (os custos para o banco) e dos empréstimos (os rendimentos a favor do banco).

No caso do SVB, os reguladores seguramente não verificaram a duração da sua carteira de obrigações, dado que deveria ser muito sensível às variações da taxa de juro, como é o caso das obrigações de longo prazo. Esta decisão de compra deveu-se certamente ao facto de no momento da sua compra proporcionavam maiores retornos, esquecendo-se que seriam altamente sensíveis, no sentido da queda, à subida de juros.

Tal como podemos observar na Figura 1, os bancos são os atuais intermediários da poupança, captando os recursos dos particulares e empresas, através de remunerações inferiores a quem emprestam dinheiro.

Figura 1

Em resultado da tecnologia blockchain, este modelo está completamente ultrapassado. Existem agora dois modelos que podem eliminar por completo a presença dos bancos, onde apenas a regulação – como sempre – os parece proteger.

Em primeiro lugar, a tokenização de ativos. As empresas podem colocar uma emissão de obrigações ou de ações através da sua transformação em tokens; por exemplo, esta representação digital passa a conferir direitos sobre os dividendos e cupões pagos pela empresa.  

Qual a vantagem?

Permite que qualquer investidor os possa adquirir através de uma corretora de Criptomoedas, deixando de existir o papel do banco como intermediário. Uma pequena empresa pode tokenizar a sua dívida e esta ser adquirida por qualquer investidor no mundo, bastando uma ligação à Internet. Não existem fronteiras nem sistemas de interconexão (Swift) que impeçam a aquisição de tokens.

Em segundo lugar, os novos modelos de negócio, em particular o denominado Finanças Descentralizadas, mais conhecido pela sigla inglesa DeFi (Decentralized Finance).

Como funciona? Tal como uma bolsa de valores.

Em primeiro lugar, os aforradores indicam a que taxa e quantidade desejam emprestar dinheiro – a oferta de aforro; em segundo lugar, os tomadores de crédito indicam igualmente a taxa e o montante do empréstimo que desejam – a procura de aforro.

Tal como é possível observar na Figura 2, as ofertas de aforro são ordenadas da menor taxa para a maior taxa, enquanto que, para os tomadores de crédito, da maior taxa para a menor taxa.

Figura 2

Assim, se alguém deseja emprestar 12.500 USDCs (uma StableCoin) ao melhor preço, isto é, introduz uma ordem tipo mercado; assim, vai emprestar 10.000 a 3,25% e 2.500 a 3,22%, fazendo negócio com dois endereços (wallet).

Para um correto funcionamento de um mercado DeFi, cada mercado opera por pares cambiais, vamos supor BTCUSDC, ou seja, Bitcoin cotado em USD Coin, uma StableCoin. Esta última tem a vantagem de ligar os investidores às moedas fiat, pois a “cabeça” da maioria de pessoas ainda mede ganhos e perdas em moedas fiduciárias.

Vamos imaginar que esta bolsa está a exigir o depósito de uma garantia para os tomadores de crédito. Vamos supor 200%, com a posição a ser encerrada caso atinja 130% – vamos ver seguidamente como funciona. Assim, supondo que o leitor tem 0,556 Bitcoins avaliados em 15.000 USDCs; por outro lado, está otimista que o Bitcoin está a cotar a 27 mil USDCs (0,566 × 27 000 USDCs) e a sua expetativa é de que o preço irá subir.

Neste caso, poderá solicitar um empréstimo de 7.500 USDCs, atendendo que o atual valor de mercado dos 0,566 Bitcoins permitem uma cobertura de 200% (15 mil USDCs vs 7,5 mil USDCs). Com esses 7.500 USDCs, o leitor irá comprar Bitcoins a 27 mil USD; se o preço do Bitcoin subir, o empréstimo nunca será encerrado.

No caso de o preço descer, o empréstimo poderá ser cancelado. Se, de repente, o Bitcoin cotar a 17.550 USDCs, a posição será fechada, pois atingiu os 130%, ou seja, 9.750 (17 550 × 0,556) USDCs vs. 7.500 USDCs, assegurando, desta forma, que o empréstimo será devolvido ao aforrador, bem como os juros. Este recebe diariamente os juros e poderá encerrar a posição a qualquer momento. Caso assim o entenda, o tomador do crédito poderá realizar um acordo com outro aforrador.

Para que tudo funcione de forma automática e descentralizada, este conjunto de regras deverá estar inscrito em vários computadores, algo semelhante à rede Bitcoin. Ou seja, quem pede emprestado deverá sempre deixar colateral congelado e que represente um valor superior ao empréstimo. Isso é o que acontece quando solicitamos um empréstimo para a casa, onde o banco, regra geral, exige que o valor da casa supere de forma apreciável o valor do empréstimo.

No futuro, o mercado DeFi poderá expandir-se enormemente, em particular a partir do momento em que a tokenização de ativos reais se torne algo massivo e comum. Para eu pedir um empréstimo para uma casa, esta deverá estar registada na blockchain, por forma a que sirva de garantia/colateral para um empréstimo. Se eu falho uma prestação ou o valor da casa desce, corro o risco de a posição ser fechada a favor de quem me emprestou o dinheiro – tudo passará a funcionar de forma automatizada e sem intermediário.

Hoje, existe tecnologia para eliminar por completo o papel dos bancos para o mercado de aforro. De que espera para aderir a esta revolução?

Transacionar criptomoedas envolve riscos, tanto na negociação como no armazenamento das mesmas, por esta razão é fundamental que o seu parceiro nesta jornada possa garantir a segurança das suas operações.


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Luís Gomes