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Luís Gomes
Luís Gomes
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Ontem, a intervenção do Banco de Inglaterra iniciou o fim do sistema fiat nascido em 1971, depois do presidente norte-americano, Richard Nixon, ter terminado a ligação do Dólar norte-americano (USD) ao Ouro.

O fim inicia-se

O sinal de pânico iniciou-se na Terça-Feira, depois das obrigações britânicas (Gilts) com maturidade a 10 anos terem sido negociadas com uma taxa implícita de 4,5% no mercado secundário. 

Tal como expliquei em anterior artigo, perante uma inflação tão elevada, os Bancos Centrais enfrentam agora dois cenários: 

  • (i) continuar a comprar obrigações para reduzir os custos de financiamento dos governos, mas acentuando o problema da inflação, atendendo que têm de imprimir dinheiro para as adquirir no mercado secundário;
  • (ii) reduzir o tamanho dos seus balanços e subir as taxas de juro, provocando o colapso do mercado de dívida pública, atendendo que o principal comprador – o Banco Central – desaparece, havendo apenas vendedores.

No início da semana, o Banco de Inglaterra estava a enfrentar o segundo cenário: o mercado de dívida pública britânico estava a caminho do colapso, obrigando à adopção do primeiro cenário, isto é, a impressão massiva de dinheiro para a compra de obrigações no mercado secundário, forçando a subida do seu preço e a redução da taxa de juro implícita.

Tal como vemos na Figura 1, o Reino Unido financia-se agora a taxas de juro semelhantes a 2008, em que pagava 4% para se financiar por um período de 10 anos, mas com uma enorme diferença: em 2008, a dívida pública era de 665 mil milhões de Libras Esterlinas e agora está em torno de 2,37 biliões de Libras Esterlinas, 3,7 vezes mais.

Figura 1

(Referência: https://www.investing.com/rates-bonds/uk-10-year-bond-yield)

Temos agora esta situação caricata: os pobres e dependentes de rendimentos fixos – salários -, para além de enfrentarem uma elevada inflação e serem incapazes de remunerar as suas poupanças acima da inflação através do sistema bancário, irão agora receber não só um aumento brutal da sua prestação ao banco (crédito hipotecário), em resultado da subida das taxas de juro, como continuarão a enfrentar uma elevadíssima inflação, pois a espiral de impressão massiva parece não ter fim. É uma espécie de corrida para o abismo o que está a acontecer com as moedas fiat.

Mas esta crise não é apenas no Reino Unido, muito em breve outros Bancos Centrais vão claudicar, como é o caso do BCE, em virtude do Elefante Branco que anda à solta há muitos anos na zona monetário do Euro: a Itália. 

Como podemos observar na Figura 2, a Itália necessita de pagar quase 5% para se financiar a 10 anos nos mercados financeiros, o mesmo que em 2013, em que tinha um dívida pública de 2,1 biliões de Euros – agora é de 2,7 biliões de Euros – e acabado de sofrer os efeitos da crise de dívida soberana europeia, onde Portugal foi uma das “vítimas”.

Figura 2

(Referência: https://www.investing.com/rates-bonds/italy-10-year-bond-yield)

Porquê chegámos até aqui?

O actual sistema monetário é uma afronta aos valores da civilização ocidental: a centralidade do indivíduo – em oposição ao colectivo –, a lógica e o pensamento racional – em oposição ao misticismo e à superstição – como a maneira de lidar com o mundo, a existência de dinheiro honesto, criando incentivos à poupança e à formação de capital, e o respeito da privacidade e a intimidade de cada indivíduo. 

Hoje, o que temos? Conferências de imprensa de Banqueiros Centrais, em que os jornalistas estão a escutar uma espécie de “Sacerdote do Dinheiro”, em que este promete a solução para todos os problemas do mundo: alterações climáticas, desemprego, inflação, riscos sistémicos do sistema bancário; um sem fim de problemas para os quais o Druida ao leme do Banco Central tem sempre uma solução na ponta da varinha mágica.

É espantoso que assim seja, atendendo que os Bancos Centrais dispõem de um único produto: dívida, nada mais. Emitem dinheiro por contrapartida de dívida, nada mais. Quando as suas previsões saem furadas, como aconteceu recentemente com a narrativa da inflação – temporária, pico, afinal veio para ficar -, são explicadas de forma mística: uma mau olhado dos Deuses, sem haver a respectiva análise racional, em face de uma impressão massiva de moeda.

A sua solução

Com o fim à vista, a atracção por maior controlo é inevitável; obrigará ao desaparecimento da privacidade dos cidadãos. Após o cataclismo, virá a solução servida numa bandeja de prata, o medicamento mágico para todos os males: a moeda digital dos Bancos Centrais, em que o dinheiro físico deixará de existir. 

A destruição da poupança dos cidadãos irá continuar, seja por taxas de juro reais negativas, seja por inflação, com a máquina de imprimir a trabalhar sem cessar. Desta vez, nem existirá a possibilidade dos cidadãos correrem aos bancos a solicitar a conversão dos seus depósitos em notas, tudo será digital, a saída do sistema bancário tornar-se-á impossível.

A verdadeira solução

Os cidadãos que colocarem parte das suas poupanças fora do sistema fiat serão os únicos sobreviventes, para isso será necessário comprar criptomoedas, em particular StableCoins, que possam gerar rendimentos interessantes, e Bitcoin, uma moeda fora do controlo dos governos. 

Recordemo-nos que a mineração do Bitcoin está limitada a 21 milhões, pelo que não poderá haver destruição do seu poder aquisitivo a longo prazo, ao contrário da corrida para o fundo que hoje tem lugar com a maioria das moedas fiat.

Para comprar criptomoedas, as pessoas devem utilizar corretoras de criptomoedas registadas junto do Banco Central, caso contrário, irão certamente ter problemas em converter os seus activos digitais em fiat  no futuro.

Comprar criptomoedas é a solução nos tempos que se avizinham.

Destaques Autor
img:Luís Gomes

Luís Gomes