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Henrique Agostinho
Henrique Agostinho
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Coleções de filmes como, Missão Impossível ou Ocean’s, coincidem em manter o interesse do público ao longo várias execuções, à volta de um mesmo contexto e conjunto de personagens, que se envolvem em repetidas e complexas peripécias, para tentar concretizar, ou derrubar, um plano excessivamente elaborado. Têm em comum também, haver, bem próximo do protagonista, um papel inescapável, o do Hacker.

Os Hackers parecem capazes de feitos quase mágicos, como feiticeiros da modernidade, que podem descobrir qualquer informação, comandar qualquer sistema, alterar os factos registados e isto de forma clara, presente, perigosa. De tal forma que os Hackers são personagens quase principais dos argumentos de espionagem, tanto nos filmes, como nos reais. E a parte da realidade, pelo menos que se saiba, que neste assunto nunca se sabe onde está a verdade, é bem capaz de ser até mais interessante do que a ficção. Senão vejamos:

Dizem-nos que o Bitcoin é utilizado em cerca de 98% dos ataques por Hackers. Parece um exagero, estranhamente específico, 98% dos cerca de 500 milhões de ataques Ramsomware, realizados só no ano de 2022, pelos quais se fizeram milhares de milhões de dólares em pagamentos, tenham acabado a usar Bitcoin.

Tanto dinheiro a mudar de mãos não é coisa para amadores isolados. Desenganem-se os pais de adolescentes com déficit social, fechados no quarto a teclar furiosamente, eles não estão a preparar ciber-ataques, estão é a… vocês sabem. Só nos filmes é que os hackers são indivíduos solitários e desorganizados. Na vida real, alinham-se em grupos, organizações semi-governamentais, com apoio direto dos serviços secretos.

Na gíria dos hackers é costume chamar de chapéu branco ou preto, aos diferentes tipos de ataques, sendo os brancos aqueles que o fazem com putativas boas intenções, de identificar fragilidades e as emendar, enquanto os do chapéu preto, seriam os malandros que fazem o estrago mesmo só por dinheiro. Embora essa diferença na prática seja impossível de verificar e os chapéus são quase todos cinzentos, como no caso de Lazarus vs NSA. 

Um dos mais notáveis operadores de ciber-ataques é o chamado de Lazarus Group, que é o responsável, alegadamente, por conseguir explorar algumas fragilidades bastante embaraçosas, como entrar pela porta traseira para espionagem em massa, que a NSA implantou nos computadores com sistema Windows.

Pensando bem, a NSA, agência de informação secreta americana, é que deveria ser chamada de maior organização de ciberviolência do mundo, pela extensão sociopata dos seus sistemas de vigilância, controle, ou mesmo, violação da população. Mas não deixa de ser ironicamente curioso que os ameaçadores hackers do governo americano, tenham sido derrotados pelos hackers do grupo Lazarus, pois que, estes últimos, são norte coreanos.

É sim engraçado ver de um lado a NSA com todo o poder e recursos infinitos e avanço tecnológico da América, a guerrear-se com um bando de ninguéns, de um País falhado como a Coreia do Norte, que mal tem electricidade, quanto mais computadores. Além de engraçado, é incompreensível, como é que crianças norte-coreanas obtém os conhecimentos de base para se tornarem hackers. Não é propriamente um lugar com abundante acesso à internet e coisas assim, onde milhares de rapazes competem entre si por reputação online. 

Certo, há no Lazarus, como em tudo na Coreia do Norte, muito dedo chines e a China tem sim os recursos e a população suficiente para organizar estes serviços. Também é sabido que a China usa o regime ermita norte-coreano como testa de ferro para várias coisas que não gostaria de admitir que faz. Mas, voltando aos papéis dignos do cinema, Park Jin Hyok é um norte-coreano, e encabeça a lista dos Hackers mais procurados do mundo, a ponto de o seu governo negar a sua existência, ou de lhe ter dado licença para matar, na Coreia do Norte nunca se sabe.

É assim que a realidade supera a ficção. Existe um hacker norte-coreano, ou talvez não exista, porque o seu governo nega que exista. Que terá acedido a milhares de milhões de computadores, explorando uma fragilidade, no código, que a NSA, agência secreta americana, dedicada a espionar e perseguir o mundo inteiro, implantou nos computadores com sistema operativo Windows, para poderem fazer, a NSA, inconfessáveis maldades. 

Parece mesmo argumento de filme, onde nem falta o dinheiro, muito dinheiro. Pois que a maioria destes ataques, destas operações, independentemente de quem as faz, são destinadas a obter dinheiro. Ao fim do dia, a utilidade dos hackers, sejam da NSA ou do Lazarus, é roubar. Roubar dados, segredos e até dinheiro. E vai-se a ver, o dinheiro que eles escolhem é o Bitcoin. 

Talvez a associação dos Hackers ao Bitcoin seja uma tentativa de dizer mal das criptomoedas, de associar a ilícitos, mas o que acabam por revelar é o contrário, que o Bitcoin é inatacável, inviolável. Se nos dizem que as pessoas que se dedicam a entrar em computadores alheios e esvaziar as contas bancárias de terceiros, a aceder a sistemas privados, a roubar segredos, a derrubar seguranças, para si próprios, preferem Bitcoin, é porque o Bitcoin há de ser mais seguro do que as demais alternativas prái existentes. 

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Henrique Agostinho