1º trimestre 2023: criptomoedas e os demais ativos
Estamos a chegar ao final do primeiro trimestre de 2023; assim, julgo relevante realizar um resumo do desempenho dos principais ativos financeiros para este primeiro período do ano, com destaque, obviamente, para as Criptomoedas.
Tivemos as falências de vários bancos
Antes de iniciar tal análise, importa contextualizar os principais acontecimentos de 2023. Desta forma, não podemos deixar de falar da crise bancária que nos assola presentemente, iniciada com a falência do banco californiano Silicon Valley Bank (SVB).
Depois desta queda, tivemos a aquisição do Credit Suisse pelo UBS, o seu principal concorrente, em resultado das dificuldades do primeiro; as falências dos bancos norte-americanos Silvergate e Signature. Importa notar que todos os bancos norte-americanos que fecharam portas tinham uma boa relação com as empresas de Criptomoedas, estranhando-se a coincidência.
E o Banco Central norte-americano lançou uma linha de crédito
Para evitar maiores danos, isto é, corridas aos bancos, o Banco Central norte-americano lançou uma linha de crédito de emergência, com um teto máximo de 2 biliões de USD (12 zeros), permitindo, desta forma, aos bancos entregar colateral (garantias) valorizado ao seu custo de aquisição, em lugar do preço de mercado. Com esta medida, as instituições bancárias norte-americanas deixaram de ter de vender ativos “debaixo de pressão” e com perdas substanciais, precisamente o que se tinha passado com o SVB.
Então e o Bitcoin?
Neste contexto e ao contrário da declaração de morte no blog do Banco Central Europeu, o Bitcoin tem tido um desempenho excecional no presente ano, inclusive acima da maioria das principais Criptomoedas. Pelo facto de ter sido a primeira e a mais descentralizada, tornou-se um valor seguro durante períodos conturbados como é agora o caso.
Como podemos observar na Figura 1, no presente ano, o Bitcoin sobe mais de 70%, enquanto a segunda Criptomoeda mais importante, o Ethereum, sobe 50%. Também importa destacar as Criptomoedas ligadas ao Metaverse, como a Gala, a subir mais de 140%, a Decentraland, a subir quase 100% e a Sandbox, que sobe mais de 60%.
Ao contrário dos bancos, onde existe risco de contraparte, pois a entidade pode, de repente, tornar-se insolvente e não devolver os fundos dos clientes, o Bitcoin não depende de terceiros. Assim, para a segurança do investidor, basta que se encontre numa carteira privada – endereço (wallet) controlado por chaves privadas.
Por estas razões, é provável que o seu desempenho continue em alta nos próximos meses, em particular se persistirem dúvidas e questões relacionadas com a solidez do sistema financeiro.
Em relação às matérias-primas, como podemos observar na Figura 2, as energéticas estão em forte queda no presente ano. O Petróleo cai 11% (de 75,3 Euros por barril para 67,1 Euros por barril) e o Gás Natural cai 56%, a maior queda entre as principais matérias-primas. Em sentido contrário, as agrícolas, como o Cacau, e o Cobre, sobem 9% e 6% respetivamente.
O facto de o Ouro ser das poucas matérias-primas que sobe no presente ano (6%), parece ser um cenário semelhante ao do Bitcoin; os investidores procuram este metal precioso, que serviu de moeda da humanidade durante 5 mil anos, um refúgio para a sua liquidez.
Com estes dados, estranha-se que os Bancos Centrais continuem a não se responsabilizar pela inflação que vivemos presentemente, pois as enormes subidas de matérias-primas tiveram lugar em 2021, em sequência da impressão massiva de dinheiro na crise Covid-19, e demoraram tempo a refletir-se nos preços finais ao consumidor – apenas de há um ano a esta parte.
Em relação às divisas fiat emitidas pelos Bancos Centrais, podemos considerar o arranque de 2023 como algo estável, não se registando uma volatilidade expressiva. Como podemos observar na Figura 3, a Libra Esterlina está em destaque, com uma valorização de 2% em relação ao Dólar norte-americano, a ainda moeda reserva do mundo. Por outro lado, depois de se ter apreciado após o início da guerra da Ucrânia, o Rublo está a perder terreno frente à divisa norte-americana (USD).
Por fim, o desempenho dos principais índices bolsistas. Destaque para o índice tecnológico norte-americano Nasdaq 100, com uma subida de 15%, seguido do índice francês CAC 40 (+11%), do índice espanhol IBEX 35 (+10%) e do índice alemão DAX 30 (+10%).
Em relação ao principal índice português, o PSI 20, subiu apenas 3%. Em sentido negativo, o DOW 30, o índice mais antigo dos Estados Unidos, caiu 3%.
Em resumo, ao contrário do que muitos suporiam, as Criptomoedas e em particular o Bitcoin estão a liderar os ganhos. Em face de um sistema fiat assente num único produto: dívida; é natural que estejamos a chegar a um momento em que a economia se encontre saturada, pelo que as subidas de juros dos Bancos Centrais podem gerar um autêntico cataclismo no sistema bancário, como parece já estar a acontecer com as famílias portuguesas.
A Reserva Federal voltou a imprimir dinheiro para “ajudar” os bancos em apuros. Tal decisão significa apenas uma coisa: as subidas das Criptomoedas não vão ficar por aqui!
Transacionar criptomoedas envolve riscos, tanto na negociação como no armazenamento das mesmas, por esta razão é fundamental que o seu parceiro nesta jornada possa garantir a segurança das suas operações.
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